Fotografia Documental

Dores do Indaiá - MG

Empório Palhares & Athayde

Uma manhã de sábado bastou para que eu entendesse que o Empório Palhares & Athayde está mais perto de ser uma casa do que um estabelecimento comercial.

Negócio familiar é assim: muito trabalho e muita união. E outros extras que sempre acompanham o negócio, como diversão, amigos, boas risadas {lágrimas também!}, perrengues, sucessos, enfim, histórias pra contar.

Ali é um lar, realmente. Muitas relações que acontecem o tempo todo, clientes que já são amigos ou que acabam se tornando. Uma cozinha que abraça, cantinhos que acolhem, cada um do seu jeito, mas sempre com o mesmo amor intenso.

A família se reveza em multiatividades pra fazer as coisas acontecerem. Na linha de frente, Maurinha e sua nora de olhos de piscina, Yara, encaram os desafios diários que surgem no trabalho.

O empório se transmuta em loja, em brechó, em ateliê. Na antiga máquina de costura, Maurinha faz de tudo, inclusive máscaras, muitas, padronizadas, customizadas, personalizadas. O brechó atrai muitas pessoas, que buscam preço baixo e exclusividade. A loja abrange uma infinidade de itens: roupas de cama, mesa e banho, cortinas, vestuário, brinquedos, ferramentas, jardinagem, utilidades para casa, artesanato.

Na retaguarda, Dioni e Serginho atendem a todos os chamados e urgências que surgem no empório, sempre com a mesma doce fortaleza. Permitem que se misturem, naturalmente, os papéis de pai, filho, sogro, esposo, num mesmo pacote de lida profissional e laços emocionais. Ananias, pai de Yara, da mesma forma, tanto na linha de frente quanto nos bastidores, solucionando grandes e pequenas questões. Neste sábado, em especial, mostrou seu talento na cozinha.

Como verdadeiras mãos direitas, Karen e Sônia desempenham igual e importante papel de atender, vender, resolver, buscar, levar, arrumar, mostrar, guardar, dobrar, embrulhar.

Sim, uma manhã de sábado bastou pra eu perceber toda essa essência boa. Mas foi insuficiente pra curtir tudo com o devido carinho, fazendo parte integral dessa experiência. Como fotógrafa, precisei mesclar a postura de estar fora (como observadora) e de estar dentro (como vivenciadora dos momentos, como amiga, como cliente também).

Particularmente, fiquei feliz com o primeiro trabalho documental contratado, e confirmei que registrar o imprevisível e descontrolado é deliciosamente desafiador. Do jeito que eu gosto.