Luana, Antônio e Hugo esperam Helena

Luana, Antônio e o pequeno Hugo estão esperando Helena. A gente fotografou na casa onde Luana cresceu, junto com suas irmãs e suas primas. Ali tem terra, pés de fruta e alfazema florida, galinhas e gatinhos, pôr do sol e as montanhas da Serra da Saudade pra emoldurar a vista e alguns devaneios. Também tem a avó de Hugo, que faz café na cozinha antiga, deixa o menino sem fralda e acolhe, quem se achega, com o mesmo semblante materno-eterno.

Luana e Antônio são lindos e unidos por um amor maduro, mas ainda aprendiz, como todo amor. Eles sabem que podem contar um com o outro e essa certeza é anunciada no silêncio, aquele silêncio que vem entrando nos poros e corpos, junto com as lambidas do sol dourado, desta tarde em especial.

O que existe ali (e este ali é um lugar indefinível), nessa família, no centro e ao redor dela, é uma energia potente, que gira veloz e suave em torno de si mesma, e que tem a capacidade de se renovar e se transformar. Essa energia (que eu chamo de amor ou de Deus, e estou querendo dizer a mesma coisa com essas duas palavras) vazou e respingou em mim, porque é assim mesmo que acontece. O que tem muito transborda e, neste caso, se origina no ventre, nas entranhas de Luana, na coragem própria do que é feminino, na semente chamada Helena.