Juliana Patrícia

Existe um lugar secreto dentro da gente em que nos sentimos totalmente seguras. Digo no feminino mesmo pois me refiro a condição de ser mulher. Parece-me que chega um tempo em que essa sensação de pertencimento a nós mesmas fica mais clara. Dissipam-se as nuvens nebulosas e um tempo novo é inaugurado. Sinto que posso dizer isso em nome da Ju, essa moça querida que retratei, mais uma vez. Cada experiência, um aprendizado, uma evolução, pessoal, profissional... Sinto-me livre e acredito que ela também.

Na sala da casa dela, sob a luz da janela, da porta, através das cortinas, nos móveis do cotidiano, no quintal aprazível, nas texturas e muros... Tudo se permite ser parte da cena. Tudo é ajeitado nos conformes, pra gente deixar fluir... Agora é uma vez por ano, né, Ju? Sempre se permitindo amar cada vez mais, afinal de contas, pra gente amar esse mundo e as pessoas, é preciso que nos amemos primeiro.